A apicultura é uma atividade desgastante, mas também oferece seus prazeres. Enquanto um agricultor ou pecuarista, por exemplo, precisa devastar imensas áreas de terra, para torná-la viável, a apicultura só necessita de uma estreita área para distribuir suas colmeias em caixas dispostas sobre suportes, estes das mais variadas formas possíveis e que a criatividade possa determinar, e assim formar seu colmeário.

Imagens do colmeário no sítio
A vegetação do colmeário deve ser
retirada ou rebaixada a fim de evitar fogo nos meses de estiagem de chuvas em
nosso Estado, ou oferecer proteção ao apicultor garantindo a integridade da indumentaria(macacão ou outra roupa de segurança). Este procedimento permite
detectar facilmente os repteis ou outros animais que possam oferecer risco ao mesmo
ou que sejam predadores de abelhas.
O acesso até o colmeário também
deve ser mantido limpo para facilitar o transporte de caixas ou equipamentos
necessários a manutenção e extração do mel. Lembramos que este deve ser de
forma sinuosa e entre a vegetação, a fim de despistar algumas abelhas que
desejem nos acompanhar seguindo odor do mel ou mesmo por suas ações protetoras.
Quando a área compartilha de outras
atividades de criação, estas devem ser afastadas, no instante do manuseio, por
uma distância segura. Permanentemente, o colmeário deve ser isolado por uma
cerca afim de evitar possíveis desastres como: um boi correndo naturalmente por
entre colmeias, ou mesmo um leve e acidental tropeço nas caixas o que
ocasionaria um ataque no mínimo desastroso, pondo em risco a vida de animais ou
pessoas, que estejam próximas, surpreendidas pela fatalidade;
Caso seja de interesse, o
apicultor pode tornar bem mais atrativo seu colmeário, tanto para as abelhas
quanto para apreciadores, plantando vegetação decorativas compostas de flores para o pasto apícola fornecendo néctar e pólen.
As abelhas, além produzir mel,
própolis, cera, geleia real, são naturalmente, agentes polinizadores que podem ser
racionalmente conduzidas em prol de benefícios da agricultura aumentando a
produção.
Quando não é uma característica nata dos atuantes, o simples convívio com a atividade, proporciona aos envolvidos a atração pela natureza, despertando o instinto de proteção da mesma. Poder curtir
a atividade, contemplar a beleza de seu próprio colmeário ou de certos locais
visitados quando na captura de abelhas para iniciar ou aumentar seu plantel,
atua em níveis psicológicos e favorece a saúde mental.
Em uma de nossas capturas tivemos
contato com o pássaro valente, um destes minusculos passarinhos comuns em nossa
região. Observando a foto, convidamos o leitor a realizar um momento de
interatividade identificando o pássaro, pois confessamos que não somos
conhecedores nem ao menos apreciamos ações de captura de pássaros, tentando
participar também, arriscamos que se trate de um pardal. Contudo, devido a
proximidade do enxame, que se desenvolvia humildemente e compartilhava praticamente
a mesma galha da arvore, não tivemos como evitar alguma ameaça ao passarinho,
pela proximidade que estávamos do seu ninho. Valentemente, em defesa do seu
ninho realizava vôos muito próximos de nossas cabeças, protegidas pelo gorro da indumentaria do apicultor como forma de ataques, como forma de ataques. Pudemos perceber, quando
removíamos o enxame, que o ninho muito baixo continha alguns ovos. Aceleramos o
trabalho pretendendo tranquilizar a família e nos retiramos. No mesmo local, em
outras oportunidades pudemos apreciar o barulho dos pica-paus no alto das
“coringas”- palmeiras de babaçú bem velhas e altas destacando por entre a
vegetação mista, apesar de tentar, nossa câmera digital não oferecia qualidade
suficiente para conferirmos as imagens dos pica-paus no alto das arvores e por
vezes também presenciamos vôos coletivos de jandaias ou papagaios, que também
costumavam pousar nas coringas.
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