segunda-feira, 6 de junho de 2016

7- Mais capturas e novas aprendizagens(oitava postagem - 07/06)

Depois de nossa primeira captura e, felizmente, bem sucedida, tivemos informações sobre a existência de um enxame nas terras onde se localiza a jazida de areia do sr. Wilson Madrugada.

Ao sair de casa com tudo preparado, dirigimos para à residência do sr Wilson, ainda na zona urbana de Santa Inês, antes de ir a propriedade localizada no povoado Santa Helena, na zona rural do município de Pindaré Mirim. Ele nos conhece particularmente e teceu comentários destacando potenciais competências, felizmente destacou apenas as características positivas. Logo depois, nos dirigimos a propriedade onde procuramos o morador que nos levou até o enxame entre a vegetação. Tivemos que atravessar uma área de capim entre várias palmeiras e depois a grama típica da região, deixando o veículo com a ferramenta necessária o mais próximo possível para realizar o trabalho de captura. Isto ocorreu no final da tarde a ainda aproveitamos a claridade para registrar a beleza do local onde deixamos o veículo.

Propriedade de Sr. Wilson Madrugada
A princípio enfrentamos dificuldade de acesso, pois tivemos que abrir caminho, uma trilha para condução do material e proteção da endumentalha de segurança do apicultor. Neste primeiro momento, fomos acompanhados do morador até que nos indicasse visivelmente o enxame fixado nos altos galhos de uma árvore, mas que a folhagem da copa escondia a escuridão do céu por volta das 19h. Por isso, só foi possível visualizar com auxílio das lanternas. Depois que alcançamos o enxame, realizamos a limpeza do local removendo cipós e galhos secos afim de melhorar a mobilidade e permitir a disposição do material usado evitando perda ou esquecimento de ferramentas. Era uma pequena região em que os trabalhadores evitaram a derrubada com base na informação que tiveram sobre nossa existência e talvez uma certeza de que removeríamos o enxame. Dessa forma, não precisariam atear fogo para dar continuidade ao serviço e, de certa forma, até resguardaram sua segurança realizando a continuação do serviço, mantendo intacta uma área considerável de vegetação onde se localizava o enxame. Devemos ressaltar que, quando o corte não é realizado, os vândalos ateiam fogo criminoso facilitado pela vegetação seca e a estiagem periódica o que seria fatal para o enxame.






O enxame era de grandes proporções e o primeiro que realizamos contato tão próximo. Talvez o colega não tenha percebido a minha inquietação, mas fiquei por um tempo contemplando a imagem, examinando de muito perto sobre uma escada articulada e pendurado nos galhos da árvore. Percebia os milhares de olhares despertados pela claridade da lanterna afastado e menos de 50cm. Conferia de cima a baixo tentando me familiarizar com a imagem que, mesmo após muito tempo de contato, não consegui percebê-la muito simpatizante. A imagem desagradável que construímos ao longo do tempo em nossa memória, através do convívio com os meios de comunicação, passou como um filme aterrorizante.



Preparamos o fumegador, nosso equipamento parceiro, com cuidado redobrado para não causar incêndio na vegetação e removemos o enxame natural para caixas racionais(caixas Langstroth). Neste trabalho percebemos que a localização dos favos de mel ocorrem na parte superior e que na parte inferior estão os alvéolos com as crias.

Pelo despreparo, muito mel foi desperdiçado deixando o macacão encharcado, a escada completamente banhada e o chão molhado e pegajoso. No trabalho, um se dispôs no alto da escada, e o outro em baixo fornecendo fumaça com o fumegador e direcionando o foco da lanterna. Foi muito cansativo, pois além do porte do enxame, ainda existia o fator do amadorismo, dedicando parte do tempo à observação. Fizemos o trabalho de remoção do enxame em duas visitas onde na segunda oportunidade levamos algumas tábuas e armamos um andaime para facilitar o trabalho.

O morador que citamos nos fazia companhia, mesmo estando no veículo isolado pela vegetação e para sua segurança. Pois só dispúnhamos de duas indumentárias(vestimenta de proteção do apicultor) e qualquer movimentação mais expressiva das abelhas, utilizaria a cabine do veículo como refúgio.



As conclusões que tiramos é que a atividade poderia ser muito mais segura se tivéssemos um número maior de pessoas envolvidas. Uma pequena fogueira poderia ter sido feita por dois deles na proximidade, fornecendo claridade aliada ao foco da lanterna, enquanto os outros dois realizavam a remoção, permitindo o revezamento do trabalho e a segurança da equipe estaria mais reforçada contra eventuais ataques de outros animais.

Antes - área ainda suja




Depois - área limpa







Após efetuar a  limpeza do local, observamos alguns galhos e cipós estranhos, dos quais emanavam uma tintura encarnada líquida como o vermelho do sangue e que mancharam definitivamente a indumentária de proteção de apicultor. O registro das imagens só foi possível graças ao dispositivo de flash da câmera digital. Mesmo sendo conclusivo pelas imagens, ressaltamos  que embaixo das árvores, na restrita vegetação fechada, era muito escuro e para aquele momento dispúnhamos de lanternas, focos providenciais da câmera fotográfica e uma pequena fogueira, sob os cuidados atentos para alimentação e controle das chamas como função de quem estava no chão clareando e entregando ferramentas ao companheiro que estava removendo o enxame no alto da árvore.




Não encontramos identificação para o cipó estranho, contentando-se com a imagem disponível no site https://blogadaverde.wordpress.com/2011/08/11/por-que-amar-a-amazonia/dscn6951/ que o identifica como cipó de sangue. Outra relação, embora descartada, foi a semelhança com a arvore sangue-de-dragão que não existe em nossa região. É uma árvore comum no arquipélago das Canárias na costa da África.



BleedingTree6
http://www.hypeness.com.br/2013/06/conheca-a-arvore-que-sangra-quando-e-cortada



BleedingTree8
Sangue-de-dragão ou Dracena draco
Hoje, 14 de agosto de 2018, acidentalmente, encontrei uma imagem relacionada a "árvore sangrenta". Com o título "Momentos depois de cortar esta árvore, madeireiros perceberam que tinham cometido um erro terrível!".

O site encontrado identifica a árvore como angolensis Pterocarpus nativa da África e reverenciada na África do Sul por suas propriedades medicinais. Popularmente, é conhecida como árvore sangrenta e sua seiva é utilizada, entre outras indicações, para curar problemas oculares e estimular a produção de leite materno.

Confira a contribuição na intergra, em: http://www.semprequestione.com/2016/03/momentos-depois-de-cortar-esta-arvore.html


Fonte:

http://www.hypeness.com.br/2013/06/conheca-a-arvore-que-sangra-quando-e-cortada

http://hypescience.com/20836-10-plantas-muito-esquisitas-do-nosso-planeta/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dragoeiro

Sumário

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